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Dança das cadeiras: integração, versatilidade e diversão

Daniela Couto e Roberta Carvalho


Ao contrário da tradicional brincadeira de roda, a dança das cadeiras aqui busca incluir os estudantes nas salas de aula, artes e biblioteca. É que as trocas que acontecem com os diferentes mobiliários permitem uma integração entre aqueles que os usam: a diversidade realiza, assim, seu papel agregador. Os móveis podem gerar diferentes composições e interferem tanto na maneira como as interações humanas acontecem, quanto no modo de utilização do espaço.


Nesse contexto, armários, mesas e cadeiras aliam brincadeira, segurança e organização. As cadeiras são coloridas e têm carinhas diferentes: são três modelos, projetados para atender aos diferentes tamanhos do público infantil. Além disso, promovem a alternância dos grupos, o que gera uma interação maior entre a turma. Os armários, além da função de guardar objetos, tornam-se tanto murais para desenho e escrita, quanto para exposição de trabalhos feitos pelas crianças. Outra função que pode ser dada a eles é o de divisória, dependendo da atividade a ser realizada. O mobiliário é feito de placas de tubos de pasta dental, material reciclado e reciclável, característica que o torna também ecologicamente correto.

Acervo pessoal: Anderson Horta


Foi assim que, entre 2013 e 2015, o projeto de pesquisa “Educação, sustentabilidade e diversidade cultural na escola”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Design e Representações Sociais, do Programa de Pós-Graduação em Design da UEMG, propôs mudanças significativas em espaços escolares e nas interações neles realizadas.


Na descrição do projeto, a coordenadora e líder do grupo, professora Rita Ribeiro, observa que a proposta foi “criar uma linha de mobiliário para escolas públicas, voltados para as salas aulas, de biblioteca e sala de artes, que traga em si o conceito da diversidade, mostrando que todos são iguais, porém diferentes”. A iniciativa foi realizada por meio de uma parceria do Grupo de Pesquisa com a Escola Municipal Henfil, em Belo Horizonte que, à época, atendia aproximadamente 200 crianças entre dois e cinco anos. O apoio financeiro para o desenvolvimento das atividades veio da Fapemig. No “Perspectivas”, essa história tem mais desdobramentos e discute as impressões sobre o design enquanto mediador de interações.


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